@carolcampooss_: Não existe comprovação científica que sustente o vício em açúcar. O que acontece é um estímulo ao sistema de recompensa que, inclusive, é influenciado por diversos fatores, como palatabilidade, hábitos, cultura e questões sociais, principalmente com alimentos hiperpalataveis. Ter um “craving”, ou seja, um desejo grande pelo doce não se categoriza como vício (algo com danos muito maiores e maior dificuldade de autocontrole). O ideal é tentar manter o consumo em pequenas quantidades. Substituir o açúcar pelo adoçante até acostumar o paladar parece ser uma boa estratégia de transição. Assim como, optar por chocolate acima de 50% cacau e evitar bebidas adoçadas. O açúcar é reconhecido no intestino pelo SGLT1, que transmite informação para o SNC (reforçando o consumo de açúcar). Adoçantes não são absorvidos pelo SGLT1. De fato, o excesso de carboidratos refinados é um problema principalmente quando a dieta é pobre em fibras, micronutrientes, vegetais e gorduras boas. Mas falar que açúcar vicia é uma forma clara de demonstrar terrorismo nutricional. Rethinking Food Reward Ivan E de Araujo et al. Annu Rev Psychol. 2020. Sugar addiction: the state of the science Margaret L Westwater et al. Eur J Nutr. 2016. Eating dependence and weight gain; no human evidence for a ‘sugar-addiction’ model of overweight C Rob Markus et al. Appetite. 2017.

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Sunday 24 December 2023 14:53:38 GMT