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O culto do último domingo (30), na Igreja Lagoinha em Niterói, exemplifica o crescente abuso da fé como ferramenta política no Brasil. O pastor Felippe Valadão, ao transformar o púlpito em palanque, exigiu que os candidatos à prefeitura de Niterói, Rodrigo Neves (PDT) e Carlos Jordy (PL), assinassem uma carta-compromisso com os “valores cristãos”. Esse gesto, disfarçado de ato espiritual, revela uma clara tentativa de instrumentalizar a religião para impor uma agenda política. O documento lido durante o culto é alarmante. Exigia que o futuro prefeito se comprometesse a não adotar políticas públicas contrárias aos chamados “valores cristãos”, que, no texto, são resumidos a questões relacionadas à sexualidade e à identidade de gênero. A agenda é clara: proibir que pessoas trans utilizem banheiros públicos com base na autoidentificação e impedir qualquer política que supostamente promova a “ideologia de gênero”. A participação de Carlos Jordy, prontamente assinando o documento, escancara a estratégia de muitos políticos que se escudam na fé para mascarar seus projetos de poder. Ao criticar Rodrigo Neves por entregar uma “Carta aos evangélicos”, Jordy revela o próprio oportunismo político que tenta esconder: usar o cristianismo como moeda de troca eleitoral. Esse tipo de intervenção pastoral na política ameaça o pluralismo religioso e democrático, além de distorcer o Evangelho, que deveria ser uma mensagem de inclusão e amor. O púlpito não é espaço para chantagens eleitorais disfarçadas de devoção. Pastores que compactuam com esse tipo de prática não só desrespeitam sua vocação espiritual, mas também comprometem o testemunho cristão, instrumentalizando a fé para fins meramente políticos.
O culto do último domingo (30), na Igreja Lagoinha em Niterói, exemplifica o crescente abuso da fé como ferramenta política no Brasil. O pastor Felippe Valadão, ao transformar o púlpito em palanque, exigiu que os candidatos à prefeitura de Niterói, Rodrigo Neves (PDT) e Carlos Jordy (PL), assinassem uma carta-compromisso com os “valores cristãos”. Esse gesto, disfarçado de ato espiritual, revela uma clara tentativa de instrumentalizar a religião para impor uma agenda política. O documento lido durante o culto é alarmante. Exigia que o futuro prefeito se comprometesse a não adotar políticas públicas contrárias aos chamados “valores cristãos”, que, no texto, são resumidos a questões relacionadas à sexualidade e à identidade de gênero. A agenda é clara: proibir que pessoas trans utilizem banheiros públicos com base na autoidentificação e impedir qualquer política que supostamente promova a “ideologia de gênero”. A participação de Carlos Jordy, prontamente assinando o documento, escancara a estratégia de muitos políticos que se escudam na fé para mascarar seus projetos de poder. Ao criticar Rodrigo Neves por entregar uma “Carta aos evangélicos”, Jordy revela o próprio oportunismo político que tenta esconder: usar o cristianismo como moeda de troca eleitoral. Esse tipo de intervenção pastoral na política ameaça o pluralismo religioso e democrático, além de distorcer o Evangelho, que deveria ser uma mensagem de inclusão e amor. O púlpito não é espaço para chantagens eleitorais disfarçadas de devoção. Pastores que compactuam com esse tipo de prática não só desrespeitam sua vocação espiritual, mas também comprometem o testemunho cristão, instrumentalizando a fé para fins meramente políticos.

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